Escolha o idioma que deseja ler...

sábado, 8 de fevereiro de 2014

ORIGENS DO TANGO...a DANÇA (parte 1)

Em uma serie de 3 matérias, falo da origem do Tango Dança, Tango Música e Tango Canto. Começo falando da dança e nessa ordem seguirei nas próximas postagens. Quase tudo que escrevo ou faço tento seguir uma lógica, isto, claro quando se pode, quando há registros ou provas que permitam seguir este raciocínio, por isto, falo primeiro do Tango Dança, pois segundo comprovação do autor, ao qual transcrevo na íntegra, cito José Gobello, "ensayista argentino", jornalista, escritor, fundador da Academia Porteña de Lunfardo, apaixonado pelo tango e que, aos 94 anos, nos deixou em 28.10.2013, escreveu:

"El baile del tango fue una creación espontánea del Compadrito, que al trasladar los cortes y quebradas de los bailes de pareja suelta como en el candombe y el abrazo de los bailes de pareja enlazada como la polca, la habanera, la mazurca fue estructurando una coreografía propia, juntando su cuerpo con el de su compañera y entrecruzando sus piernas.
                                                   
De esta creación el compadrito buscó una estructura musical que le sirviera de sustento y, luego de pasar por la mazurca, la habanera y el tango andaluz, recaló en la milonga."
Então, esta citação nos esclarece que primeiro houve a criação de movimentos e logo encima a estruturação musical, e esta criação é atribuída ao personagem "compadrito", que é uma imitação graciosa do "compadre" e que nesta transcrição também nos esclarece que ao observar os cortes e quebradas do "candombe" e mais os bailes de casais com abraço, foi juntando e dando forma ao que seria a primeira estrutura da coreografia do tango-milonga.
Mas, antes desta primeira estrutura coreográfica, el escritor uruguaio Vicente Rossi, transfere ao negro montevideano a primacia coreográfica do tango:
"La milonga-baile era una improvisación como la milonga-canto; una creación espontánea e ingeniosa del movimiento combinado con el sonido; y fue el negro criollo el creador de su técnica. El negro reía simpre de sus propios desplantes y se enteraba el éxito cuando le prodigaban las sentencias de las agachadas; entonces él, por naturaleza excéntrico, forzaba la técnica de una gimnasia grotesca, de figuras descuajaringadas...y en esto se encontró 'la quebrada'. Pero, cuando bailaba corrido, se interrumpía en una vuelta para lucir habilidades o marcar una desconcertante 'quebrada', se producía el famoso 'corte' ".
Nesta citação temos a comprovação de que o "compadrito" teve sua inspiração nos movimentos excêntricos do candombe uruguaio, incorporando os cortes e quebradas a nova forma de bailar com abraço.
Porém, dentre as muitas versões que há nas origens do tango e fazendo incapé nestas duas versões aqui descritas, chamo a atenção ao que se refere a - bailar abraçado - que, em nenhuma das vezes diz que é parceiro homem-mulher, se fala em "pareja enlazada" que, pela lógica, significaria um casal abraçado. Mas, León Benarós, aclara que:
"No se trata, en realidad, de un tango de "pareja enlazada". Es la creación solitaria de un bailarín que inventa algo que no existía. 'Algo' que será luego adaptado por la pareja de hombres que bailan en las esquinas, y luego por la definitiva y lógica pareja que el tango exige: la del hombre y mujer."
E, um outro testemunho deixado por Evaristo Carriego, em um poema de 1906, "El alma del suburbio":
"En la calle la buena gente derrochasus guarangos decires más lisonjeros,porque al compás de un tango que es 'La morocha'lucen los ágiles cortes dos orilleros."

Então, este relato nos mostra mais uma versão, que a primeira estruturação da coreografia do tango, foi treinada, homem com homem em uma esquina qualquer; e o poema, mais uma vez, confirma ao final, "dos orilleros", que significa dois homens.
Poderia seguir transcrevendo outras versões, mas estas que citei, juntamento com autores de elevado cunho investigativo, me parecem as mais verídicas.