Escolha o idioma que deseja ler...

quinta-feira, 6 de março de 2014

TANGO película de 1933

O filme TANGO de 1933, foi o primeiro filme sonoro argentino. Sua estreia foi em 27 de abril deste mesmo ano. Mostra como era a sociedade nesta época e conta com a participação de históricas figuras tangueras como as cantoras e atrizes: Azucena Maizane, Tita Merello, Libertad Lamarque, Mercede Simone. Atores: Luis Sandrini, Pepe Arias. Músicos: Ernesto Ponzio, Juan Carlos Bazán. Bailarinos legendários: Ovidio José Bianquet (El Cachafaz), Carmencita Calderón e as Orquestras de Edgardo Donato, Juan D'Arienzo, Juan de Dios Filiberto, Osvaldo Fresedo, Pedro Maffia. Direçção de Luis Moglia Bartth.

                                          

Aos amantes do tango e suas histórias aí está, é só clicar. Que aproveitem!!



sábado, 8 de fevereiro de 2014

ORIGENS DO TANGO...a DANÇA (parte 1)

Em uma serie de 3 matérias, falo da origem do Tango Dança, Tango Música e Tango Canto. Começo falando da dança e nessa ordem seguirei nas próximas postagens. Quase tudo que escrevo ou faço tento seguir uma lógica, isto, claro quando se pode, quando há registros ou provas que permitam seguir este raciocínio, por isto, falo primeiro do Tango Dança, pois segundo comprovação do autor, ao qual transcrevo na íntegra, cito José Gobello, "ensayista argentino", jornalista, escritor, fundador da Academia Porteña de Lunfardo, apaixonado pelo tango e que, aos 94 anos, nos deixou em 28.10.2013, escreveu:

"El baile del tango fue una creación espontánea del Compadrito, que al trasladar los cortes y quebradas de los bailes de pareja suelta como en el candombe y el abrazo de los bailes de pareja enlazada como la polca, la habanera, la mazurca fue estructurando una coreografía propia, juntando su cuerpo con el de su compañera y entrecruzando sus piernas.
                                                   
De esta creación el compadrito buscó una estructura musical que le sirviera de sustento y, luego de pasar por la mazurca, la habanera y el tango andaluz, recaló en la milonga."
Então, esta citação nos esclarece que primeiro houve a criação de movimentos e logo encima a estruturação musical, e esta criação é atribuída ao personagem "compadrito", que é uma imitação graciosa do "compadre" e que nesta transcrição também nos esclarece que ao observar os cortes e quebradas do "candombe" e mais os bailes de casais com abraço, foi juntando e dando forma ao que seria a primeira estrutura da coreografia do tango-milonga.
Mas, antes desta primeira estrutura coreográfica, el escritor uruguaio Vicente Rossi, transfere ao negro montevideano a primacia coreográfica do tango:
"La milonga-baile era una improvisación como la milonga-canto; una creación espontánea e ingeniosa del movimiento combinado con el sonido; y fue el negro criollo el creador de su técnica. El negro reía simpre de sus propios desplantes y se enteraba el éxito cuando le prodigaban las sentencias de las agachadas; entonces él, por naturaleza excéntrico, forzaba la técnica de una gimnasia grotesca, de figuras descuajaringadas...y en esto se encontró 'la quebrada'. Pero, cuando bailaba corrido, se interrumpía en una vuelta para lucir habilidades o marcar una desconcertante 'quebrada', se producía el famoso 'corte' ".
Nesta citação temos a comprovação de que o "compadrito" teve sua inspiração nos movimentos excêntricos do candombe uruguaio, incorporando os cortes e quebradas a nova forma de bailar com abraço.
Porém, dentre as muitas versões que há nas origens do tango e fazendo incapé nestas duas versões aqui descritas, chamo a atenção ao que se refere a - bailar abraçado - que, em nenhuma das vezes diz que é parceiro homem-mulher, se fala em "pareja enlazada" que, pela lógica, significaria um casal abraçado. Mas, León Benarós, aclara que:
"No se trata, en realidad, de un tango de "pareja enlazada". Es la creación solitaria de un bailarín que inventa algo que no existía. 'Algo' que será luego adaptado por la pareja de hombres que bailan en las esquinas, y luego por la definitiva y lógica pareja que el tango exige: la del hombre y mujer."
E, um outro testemunho deixado por Evaristo Carriego, em um poema de 1906, "El alma del suburbio":
"En la calle la buena gente derrochasus guarangos decires más lisonjeros,porque al compás de un tango que es 'La morocha'lucen los ágiles cortes dos orilleros."

Então, este relato nos mostra mais uma versão, que a primeira estruturação da coreografia do tango, foi treinada, homem com homem em uma esquina qualquer; e o poema, mais uma vez, confirma ao final, "dos orilleros", que significa dois homens.
Poderia seguir transcrevendo outras versões, mas estas que citei, juntamento com autores de elevado cunho investigativo, me parecem as mais verídicas.

sábado, 25 de janeiro de 2014

FIGURAS DO TANGO...origem do Cruze, Giros e "Traspié"

Cruze da mulher

Até o ano de 1938 a mulher não se fazia cruze (alguns chamam de "trava"), ela juntava os pés e saia para a esquerda, mas, segundo conta uma entrevista dada pelo legendário bailarino Petróleo (Carlos Alberto Estévez) ao bailarino Miguel A. Zotto, relato que certo dia estava ele (Petróleo), Lavandina (outro bailarino criador e instintivo da época) e mais 5 ou 6 "muchachos" que começam a inventar passos, giros, cruzes e outras figuras, e, em uma destas ocasiões, la pelos anos 38, 39, alguém se equivoco, e ao invés de juntar, cruzou, e aí, algum disse: vamos ver e chamou a atenção dos outros, surgindo daí como novidade e figura básica e fixa, o Cruze da Mulher.



Abaixo segue um vídeo do Bailarino citado, Petróleo, falecido em 1995, aos 84 anos.


Giros

Nasceram da mente de um "albañil" (pedreiro) Cacho Lavandina, outro bailarino popular da época, quando, certa manhã estava trabalhando em uma obra de construção, subindo um balde com uma roldana, e uma destas, começou a girar, observaram, (ele e seu amigo Petróleo) gostaram, e tiveram então a idéia de um passo onde a mulher pudesse girar dessa forma, praticaram entre eles e saiu, assim inventaram os giros, enrosques. Isto ocorreu la pelos anos 37, 38, principio também, da explosão das grandes orquestras de tango e o baile popular fizeram furor em Buenos Aires.



Traspié
Lá pelos anos 47, 48, a chamada década de ouro, começa-se a inventar novas figuras, e entre esta onda de criação, se atribui a mais um bailarino popular, chamado "Arturito", o surgimento do "traspié" na milonga com "traspié".

"traspié" adiante

                                                                           "traspié" ao lado

Pesquisa e animação fotográfica: Arlety Patricio
(quem desejar enviar sua pesquisa ou informação histórica (com fundamentos), publico em postagens futuras)